18 outubro 2013



















quero, quero muito...
quero dizer-to, olhos nos olhos, lábios nos lábios. com as mãos que te despem, as mesmas que acariciam os teus cabelos, os teus seios. as mesmas que percorrem, suavemente, as tuas costas, e se acomodam, com tudo o que têm, nas tuas nádegas, firmes, aveludadas, e que dão forma, esbelta, atrevida demais, ao corpo do desejo, do meu desejo, ainda com muito por percorrer, conhecer.
quero, quero muito... quero dizer-to no mais intimo do teu intimo, onde me atrevo, te atreves, com sensações nuas, pernas libertas, bem abertas, guiares-me pelas profundezas do teu eu, irreverente, que anseia pelo meu ser, que penetra, para uma clausura... de prazer...!!

quero, quero muito... dizer-to...!!

7 comentários:

Mona Lisa disse...

Porque não dizes?!

Magnífico poema.Intenso! Sensual!

Beijinhos.

Shirley Brunelli disse...

Muito amor...Gostei, Sérgio. Abraço!

Marly de Bastos disse...

Atrevido em pensar, mas tímido em dizer!
Lindo escrevinhar Sérgio.
bjkas doces

Parapeito disse...

tanto tanto querer...
gostei
brisas doces *

Ingrid disse...

Sempre sensualidade a flor da pele..
Bom estar por aqui..
Beijo

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Quero, quero tanto, ler textos seus, destes.

Onde se inspira? Quem é a musa, a diva? Desculpe, faço-lhe sempre perguntas nos comentários, mas fico com "água na boca", caso as meta no céu da minha boca.

Estava a ler o seu texto/desejo, e estava a visualizar a "cena" toda, inteira, como num filme que eu vi, e de que muito gostei: A AMANTE DO TENENTE FRANCÊS", nos finais dos anos 80, julgo eu.

ERAM AMANTES, MAS NO VERDADEIRO E ÚNICO SENTIDO DA PALAVRA.

Não foi amor à primeira vista, no qual não acredito, foi apenas um olhar, depois uma amizade cúmplice, e depois, AMOR, MUITO AMOR SIGILOSO.
Ele casado, ela não, mas não houve obstáculo, que não vencessem, que não saltassem. TÃO APAIXONANTE!

Voltando ao seu texto/desejo, o "senhor" não poupou palavras, ah, não!
Era/é isso mesmo que quer. A pele dela, parece-lhe de veludo, pois, é normal, quando se ama alguém, tudo é muto subtil, ou melhor, naqueles momentos, o mundo não é mundo é um jardim, como diz Florbela Espanca, num dos seus inúmeros sonetos.

QUEM FEIO/A o AMA, BONITO/A LHE PARECE, mas este dito não deve aplicar-se nem a o Sérgio, nem a ela, porque são ambos, muito bonitos, acho eu.

E depois, vagueia e devaneia pelas palavras do seu sentir, e para, (do verbo parar, que agora, já não é acentuado, em algumas formas verbais. Tira-se, o sentido, pelo sentido da frase, passo a redundância) quedando-se, deslumbrado, nas colinas dela que afaga como se fosse a última vez.

Na planície, deita-se, prolonga-se e saboreia o calor, e ela está tão caladinha, tão envolvida, também!

Enfim, temos algo sério e longo, porque as planícies também o são. Por exemplo, as do Alentejo, perdem-se de vista, e da nossa vista, mas nós já não "vemos" nada, assim.

UM DIA CHEIO DE LUZ INTERIOR E EXTERIOR.

Abraço, com laço.